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Prefeito de Lampedusa visita membro da Comissão Européia

O prefeito de Lampedusa (ilha no sul da Itália), Dino De Rubeis, e uma delegação de administradores locais foram recebidos nesta quarta-feira, 11 de fevereiro, em Bruxelas, pelo presidente da Comissão Europeia para Liberdade Civil e Justiça, Gerard Deprez, para tratar do tema da imigração ilegal.

O prefeito de Lampedusa denunciou "o estado de gravíssima emergência que a ilha está vivendo, após as decisões do ministro do Interior, Roberto Maroni, de abrir no local um Centro de Identificação e Expulsão (CIE)" de imigrantes ilegais.

A ilha de Lampedusa é considerada a porta de entrada da Europa para imigrantes ilegais provenientes da África. Para combater essa questão, o ministro Maroni tem tomado uma série de medidas para evitar a chegada de novos clandestinos e expulsar com rapidez os que chegam à Itália pela ilha.

Nesta linha, Maroni abriu um CIE em Lampedusa, e definiu que nenhum imigrante da ilha seria transferido para outros centros da Itália, mas seriam repatriados diretamente do local onde foram detidos. O fato agravou a situação de superlotação dos centros de acolhida locais e causou revolta na população e nas autoridades da ilha.

Participaram do encontro também os parlamentares europeus Eleonora Lo Curto, Nello Musumeci, Luigi Cocilovo e Giusto Catania, além de membros da Comissão de Atividade Produtiva de Ars.

Em resposta à situação, o presidente Gerard Deprez, "mesmo evidenciando a exclusiva competência do governo italiano, assegurou que será feita uma verificação sobre o respeito às leis que regulamentam a imigração e o respeito às normas mínimas em tema de acolhida e asilo político humanitário", revelou a delegação de Lampedusa em nota oficial.

Na sexta-feira e no sábado, uma delegação de parlamentares europeus visitará o Centro de Identificação e Expulsão e o Centro de Primeira Acolhida da ilha.

"Não pretendemos perder mais tempo. Verificaremos imediatamente a situação", prometeu por sua vez Giusto Catania, deputado europeu da Rifondazione Comunista e vice-presidente da Comissão de Justiça do Parlamento Europeu, que também participou do encontro.

Catania disse ainda que oito parlamentares europeus já se disponibilizaram a participar da missão. Contudo, o deputado disse acreditar que com o anúncio da ação do Parlamento Europeu, "o governo italiano esvaziará a estrutura que hoje está superlotada".

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