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Prefeito que ajuda imigrantes é indiciado na Itália

Domenico Lucano é acusado de favorecer a imigração ilegal

O prefeito afastado de Riace, Domenico “Mimmo” Lucano, que ganhou fama internacional por seus projetos de acolhimento de migrantes e refugiados, foi indiciado juntamente com outros 26 suspeitos no âmbito da investigação sobre a gestão das políticas migratórias da cidade.

A decisão foi tomada pelo Juiz de Audiências Preliminares (GUP, na sigla em italiano) e anunciada pela magistrada Amelia Monteleone, após mais de sete horas de audiência no Tribunal de Locri.

Lucano é acusado de conspiração, fraude, abuso de poder, peculato, suborno, fraude, falsificação e auxílio a imigração ilegal. Com este novo processo, foi determinado que ele continue fora do cargo por mais um ano. O então prefeito de Riace foi colocado em prisão domiciliar no dia 2 de outubro de 2018 por ordem do juiz Domenico Di Croce. A Justiça, então, o obrigou a exilar-se da cidade para “impedir a reincidência do crime de imigração ilegal”. Ele é investigado pela operação “Xenia” por suspeita de ter facilitado casamentos forjados para garantir a permanência no país de migrantes em situação irregular. Além disso, o Ministério do Interior ainda o acusa de irregularidades no uso de recursos nacionais para financiar projetos de acolhimento. O julgamento de Lucano está agendado para o próximo dia 11 de junho, perante aos juízes da Corte, que deverão estabelecer se, de fato, o modelo de Riace esconde um verdadeiro sistema criminal. Nos últimos anos, a cidade do sul da Itália promoveu a integração de refugiados à economia local. Lucano, por sua vez, chegou a entrar na lista dos 50 maiores “líderes” do mundo da revista “Fortune”.

Em seus mandatos, ele ofereceu casas abandonadas e treinamento profissional a estrangeiros, além de uma “bolsa trabalho”, ajudando a recuperar a economia de Riace, afetada pelo esvaziamento populacional que atinge diversos vilarejos italianos.

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