
O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, pediu ajuda do governo da Itália para combater a atividade de batedores de carteira, os chamados “pickpockets”, ladrões que se aproveitam da distração de turistas e de grandes aglomerações para furtar objetos de valor sem ser notados.
Brugnaro cobrou que a coalizão da premiê de direita Giorgia Meloni, da qual ele próprio faz parte, promova a aprovação pelo Parlamento de uma lei que torne mais fácil processar e punir os criminosos.
Segundo o prefeito, os batedores de carteira conseguem agir com “impunidade” devido a uma reforma judiciária chancelada em 2022 e que “dificultou” a punição contra “crimes menores”, mesmo em caso de reincidência.
“Não podemos nos resignar à normalização de crimes que prejudicam cotidianamente a vida das pessoas e a imagem da cidade”, declarou Brugnaro. “Isso acontece em Veneza, mas também em todos os grandes centros turísticos”, acrescentou.
O prefeito reclama sobretudo da regra que permite processar os “pickpockets” somente a partir de uma denúncia da vítima, procedimento que muitas vezes não é feito por turistas. A ideia de Brugnaro é fazer com que seja possível levar os batedores de carteira à Justiça mesmo sem a participação da vítima no processo.
“As instituições devem escutar as comunidades locais e quem está empenhado para garantir a segurança urbana”, salientou o prefeito, que definiu os “pickpockets” como “uma praga”.
A atuação de batedores de carteira em Veneza ganhou os holofotes mundiais em 2023, quando uma vereadora viralizou na internet ao gritar “attenzione pickpocket” para alertar pedestres distraídos na cidade.