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Premier italiano Mario Monti acredita que Itália está perto do fim da crise econômica

O premier italiano, Mario Monti, afirmou que o fim da crise econômica no país está à vista e que a zona do euro não deve deixar que a moeda comum se torne razão para atritos entre o Sul e o Norte do bloco. Segundo Monti, que não fez uma previsão de quando a crise terminaria, a Itália está em melhor situação que há um ano, e as pessoas estão mais conscientes das dificuldades do país.

– Trabalho diariamente para lidar com a crise. Mas estamos realmente em crise? Há um ano, pensávamos menos nisso, mas acredito que estávamos pior – disse Monti em uma conferência em Rimini. – Estou vendo chegar o momento em que sairemos (da crise).

Desde que substituiu Silvio Berlusconi, Monti tem implementado reformas e cortado gastos. A uma plateia de empresários, ele disse que parte da melhora se deve ao fato de essas reformas terem atacado questões como o generoso sistema de aposentadorias do país.

O premier afirmou, no entanto, que acreditava que as reformas reduziriam rapidamente os custos de financiamento da Itália, o que não ocorreu.

Referindo-se às constantes especulações de que a Grécia poderia deixar a zona do euro, Monti reiterou a sua preocupação com as tensões entre o Norte e o Sul do bloco.

– Seria uma tragédia se o euro, a coroa do nosso sonho de integração, se tornasse, devido a nossas falhas, um fator de desintegração, de preconceitos do Norte (da Europa) contra o Sul, e vice-versa – afirmou o premier italiano.

Com eleições em outubro, há risco de Monti perder apoio no Parlamento para implementar mais medidas de cortes de gastos e aumento de impostos. Ele já avisou que não vai concorrer a outro mandato.

Por outro lado, um dos principais partidos de oposição a Monti, a Liga do Norte – que fora aliada de Berlusconi -, tem perdido espaço devido a uma série de escândalos.

Em Rimini, Monti elogiou os parlamentares por terem aprovado reformas dolorosas, mas necessárias, "que foram adiadas por muitos anos". Ele lamentou, no entanto, que os jovens italianos tenham de pagar um preço "muito alto" em termos de perspectiva de emprego porque os políticos evitaram as reformas por tanto tempo.

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