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Justiça da Itália diz que o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi teve pacto com a máfia

A justiça italiana mencionou a existência de um "pacto" de quase 20 anos entre Silvio Berlusconi e a máfia siciliana, na publicação da condenação de uma pessoa ligada ao Cavaliere.

Segundo o Tribunal de Apelação de Palermo, o ex-senador Marcello Dell'Utri, condenado em março a sete anos de prisão por cumplicidade com a máfia, serviu como "mediador no pacto entre Silvio Berlusconi e a máfia", que forneceu proteção ao Cavaliere entre 1974 e 1992 em troca de dinheiro.

O Tribunal citou uma reunião organizada em maio de 1974 em Milão por Dell'Utri com Berlusconi e vários chefes da máfia, que "marcou o início desse pacto vinculativo entre Berlusconi, Dell'Utri e a Cosa Nostra (a máfia siciliana) até 1992". Sob este acordo, "o empresário milanese" Berlusconi "abandonou qualquer ideia de ser protegido pelas instituições, e se colocou sob o guarda-chuva da proteção da máfia", "sem nunca fugir a obrigação de pagar grandes somas para a máfia", de acordo com o esperado publicado pela imprensa italiana.

Em função disso, Berlusconi chegou a contratar um cuidador de cavalos em Arcore, sua mansão perto de Milão, "não tanto pela sua paixão por cavalos", mas apenas "para garantir a presença da máfia na mansão", indicou o Tribunal. Além do pagamento em dinheiro de Silvio Berlusconi a Cosa Nostra através de Dell'Utri, o pacto permitiu que a "associação mafiosa fortalecesse e consolidasse seu próprio poder", assegura o Tribunal.

Durante o julgamento do recurso apresentado por Dell'Utri em setembro de 2012, Silvio Berlusconi foi ouvido como testemunha por três horas sobre a denúncia de extorsão pela máfia de cerca de 40 milhões euros em troca de proteção. Berlusconi rejeitou a acusação, dizendo que simplesmente queria "ajudar um amigo". (Revisado por ERIKA BARRETO FONSECA)

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