O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, considerou que "qualquer um que seja chamado a governar, ainda ou novamente, terá que encarar problemas concretos", ao referir-se à situação política pela qual passa o seu país.
"Estamos em um momento de enorme turbulência. É uma situação de grandíssima incerteza política, há uma grande tensão e muitas contraposições e incógnitas", lembrou o chefe de Estado em um cumprimento à Assembleia da Associação Nacional de Municípios Italianos (Anci).
Com essa declaração, Napolitano fez alusão à tumultuada conjuntura que no último fim de semana ganhou um novo capítulo, quando o titular da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, ex-aliado do premier Silvio Berlusconi, pediu a este que renuncie.
O presidente também defendeu a necessidade de que todos os setores busquem as melhores soluções.
"Todas as forças políticas, de situação e de oposição, devem demonstrar capacidade frente aos problemas concretos do país", ressaltou.
Mais cedo, o subsecretário do governo, Gianni Letta, homem próximo a Berlusconi, afirmou que o Executivo não deve durar "muitos anos".
"Este governo que represento temporariamente tem perspectivas muito menores do que 2020 e, nas últimas horas, parecem se reduzir não a anos, mas a períodos e medidas de tempo mais modestas", disse Letta, ao participar de um seminário empresarial.