A Itália tenta colocar fim de dois meses de impasse pós-eleitoral, pela mão do presidente reeleito.
Giorgio Napolitano iniciou uma maratona de consultas para tentar formar um governo de união nacional, ainda nesta semana.
O chefe de estado, que ameaçou demitir-se caso os partidos não cheguem a um acordo, reuniu-se com os presidentes das duas câmaras do parlamento, antes de receber os responsáveis de todos os partidos políticos.
Em cima da mesa, está a possibilidade do presidente nomear um primeiro-ministro e mesmo alguns membros de um governo de coligação que deverá colocar em prática o programa idealizado, nas últimas semanas, por uma comissão de dez sábios.
Os três principais partidos do país rejeitavam até agora qualquer acordo para ultrapassar o bloqueio institucional no país, entre um senado controlado pela direita e um parlamento onde a esquerda é maioritária.
Encontra-se a crise na formação mais votada das eleições de fevereiro, o Partido Democrático (PD), depois da demissão do líder Pier Luigi Bersani, contrário a uma aliança com Berlusconi.
As atenções viram-se agora para o jovem presidente da câmara de Florença, Matteo Renzi, que poderia assumir o cargo de primeiro-ministro, uma hipótese considerada pelo próprio como “improvável”.
Outros dois políticos de centro-esquerda são apontados como prováveis candidatos ao cargo, Giuliano Amato, antigo primeiro-ministro e o atual número dois do PD, Enrico Letta.