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CAOS: Situação do lixo em Nápoles volta a se agravar

A situação do lixo voltou a se agravar em Nápoles, onde as 2.300 toneladas espalhadas pelas ruas da cidade viraram alvo de incêndios criminosos.

Por este motivo, o recém-eleito prefeito local, Luigi De Magistris, anunciou um novo plano de emergência, enquanto o próprio presidente Giorgio Napolitano fez um apelo por uma intervenção urgente.

De acordo com fontes locais, na noite passada os bombeiros tiveram que intervir 64 vezes para apagar incêndios vinculados ao lixo na província de Nápoles, 54 dos quais ocorreram na própria cidade e 20 em seu centro.

De Magistris, eleito prefeito em 30 de maio passado, convocou uma coletiva de imprensa urgente para denunciar que, na cidade, "a situação ambiental e sanitária é grave, e existe um risco concreto para a saúde dos cidadãos".

O prefeito, depois de criticar o premier Silvio Berlusconi e afirmar que ele (Berlusconi) "não dá a mínima" para a situação emergencial do lixo ("O governo lavou suas mãos e fez como Poncio Pilatos"), anunciou um plano de emergência para a cidade, que inclui a coleta ininterrupta do lixo sob escolta policial, uma força especial de combate aos incêndios e despejos de uso exclusivo na área urbana.

O plano apresentado também inclui locais de transferência, ilhas ecológicas e um incentivo para a coleta diferenciada e a reciclagem. De Magistris também destacou as conseqüências do "efeito de atear fogo": as chamas transformam os resíduos comuns em lixo especial, que é mais difícil de processar. 

No entanto, os cidadãos manifestam agora diariamente seu desespero: o mau cheiro toma conta de Nápoles, que se torna mais penetrante com o calor, e os protestos são frequentes, com bloqueios de ruas e ações de força.

NAPOLITANO COBRA INTERVENÇÃO URGENTE:

Napolitano também interveio sobre a emergência do lixo em Nápoles e, em declarações ao jornal "Il Mattino", enfatizou que é "absolutamente indispensável e urgente uma intervenção, diante do agravamento da aguda e alarmante emergência".

O Chefe de Estado também chamou a atenção para a "não aprovação pelo Conselho de Ministros, em duas reuniões sucessivas, do decreto-lei apresentado". De fato, por enquanto, a única solução capaz de permitir que Nápoles respire, é justamente aquela que prevê a transferência dos resíduos para fora da região, medida à qual a Liga Norte (principal aliada do governo) impôs uma parada.

A emergência de Nápoles também foi tema hoje (24) de uma conversa telefônica entre o presidente da Região da Campania, Stefano Caldoro, e o chanceler Franco Frattini. 

Durante a conversa eles falaram de uma ação coordenada "para monitorar e facilitar os acordos trans-fronteiriços com os países que disponibilizaram seus aterros". Basicamente, trata-se de explorar a viabilidade de levar o lixo napolitano para o exterior.

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