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Presidente italiano Giorgio Napolitano descarta ida de Silvio Berlusconi à cadeia

Assegurando que uma "crise de governo seria fatal" para a Itália, o presidente Giorgio Napolitano afirmou que o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi não deve ir para a prisão, mas sim, receber penas alternativas para cumprir a sentença do processo Mediaset, em que foi condenado a quatro anos por fraude fiscal.

"Para qualquer sentença definitiva e suas consequentes aplicações, não se tem o que fazer a não ser segui-las", disse Napolitano nesta terça-feira (13), em um comunicado que era ansiosamente aguardado pelos líderes políticos italianos.

Na carta, Napolitano tomou posição diante da sentença do processo Mediaset, em que Berlusconi foi condenado a quatro anos de prisão por crimes de fraude fiscal. A sentença foi confirmada dia 1 de agosto pela Suprema Corte italiana e o ex-premier pode ser penalizado também com a interdição, durante cinco anos, de cargos públicos. O chefe de Estado disse que Berlusconi deve receber penas alternativas, "pois a normativa atual descarta a possibilidade de prisão". Napolitano também negou que tenha recebido oficialmente um pedido de clemência que poderia livrar o ex-premier das condenações. "Esclareço que nenhum pedido ao qual eu deva dar uma resposta me foi endereçado", disse o mandatário. Sobre o futuro político do ex-premier, de 76 anos, Napolitano disse também que "caberá a Silvio Berlusconi e ao seu partido (o Povo da Liberdade- PDL) decidir sobre os desdobramentos do caso — nos modos que resultam legitimamente possíveis — da função de guia do PDL até então a ele atribuída", comentou Napolitano.

Outro tema abordado por Napolitano no comunicado é a delicada situação do governo do premier Enrico Letta, abalado pela condenação de Berlusconi, que integra a base governista. "Seria fatal uma crise formada pouco após os 100 dias de governo. A recaída do país na instabilidade e na incerteza o impediria de consolidar as possibilidades de retomada econômica", disse o presidente.

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