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Presidente italiano Giorgio Napolitano diz que é “importante” evitar contato de menores com o crime

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, afirmou que "é importante" evitar que os imigrantes menores de idade se tornem "vítimas de organizações criminosas" ou que tenham que "viver em contextos degradados, nos quais a lei não vale".

Em mensagem enviada ao diretor-geral da Fundação Migrantes da Conferência Episcopal Italiana (CEI), monsenhor Giancarlo Perego, Napolitano expressou seu apreço pelo esforço da Igreja Católica pelos migrantes, que é demonstrado "com palavras, porém também com obras de assistência e recepção na Itália e no exterior".

Por ocasião do Dia Internacional dos Migrantes, celebrado ontem, o presidente da Itália ressaltou a importância de as organizações religiosas e as instituições do Estado continuarem trabalhando pelo "respeito e restauração da legalidade" dos imigrantes, como vêm fazendo "com coragem".

"Assistimos lamentavelmente a tragédias que envolvem migrantes e cidadãos", comentou o presidente, referindo-se indiretamente aos episódios de violência ocorridos no início de janeiro envolvendo imigrantes africanos, a polícia e habitantes da cidade de Rosarno, na Calábria.

Por sua vez, o papa Bento XVI, também por ocasião do Dia Internacional dos Migrantes, ressaltou que as crianças estrangeiras precisam ter "garantias" no plano Legislativo e ser "acompanhadas nos inumeráveis problemas que devem enfrentar".

O Pontífice lembrou a atuação da Igreja Católica junto aos migrantes e aos refugiados, e enfatizou que o Vaticano incentiva "vivamente as comunidades cristãs e as organizações" a prestarem assistência aos imigrantes menores de idade.

Mais tarde, o ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, negou que haja discriminação aos estrangeiros que vivem na Itália. "Não somos um país racista", assegurou.

"Os imigrantes que têm um contrato de trabalho regular na Itália têm todos os mesmos direitos dos cidadãos italianos, com exceção do direito ao voto, assim como ocorre em toda a Europa e em todo o Mundo", lembrou Maroni.

O governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi tem fortalecido o combate à imigração clandestina. No ano passado, a Itália se tornou um dos primeiros países a considerar crime a imigração ilegal. A legislação do país também permite que médicos denunciem estrangeiros sem documentação que sejam seus pacientes.

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