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Presidente italiano Giorgio Napolitano em conexão com astronautas

A conexão entre o presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, e a Estação Espacial Internacional (ISS, de sua sigla inglesa), ocorreu a partir do Quirinale, sede da presidência.

Napolitano conversou com os astronautas da Agência Espacial Europeia (ESA) Paolo Nespoli e Roberto Vittori, os dois primeiros italianos a estarem simultaneamente na estação espacial.

Durante a conexão com o chefe de Estado, Nespoli e Vittori abriram a bandeira italiana, que foi entregue por Napolitano a Vittori em 7 de janeiro passado, na abertura das comemorações pelos 150 anos da Unidade da Itália. 

No sábado (21), os dois italianos também conversaram durante 20 minutos com o papa Bento XVI. Foi a primeira vez na história que um Papa conversou com interlocutores no espaço. Durante 20 minutos, Bento XVI se conectou com a tripulação da ISS, dizendo-lhes que eles são "a vanguarda da humanidade".

Os 12 astronautas receberam-no com "boas-vindas ao Santo Padre na estação espacial" e conversaram com ele sorridentes e em tom informal, respondendo às cinco perguntas formuladas pelo Pontífice.

Bento XVI se comunicou com a ISS a partir da Sala Foconi do Palácio Apostólico do Vaticano, junto com Thomas Reiter, chefe do departamento de voos humanos da ESA; Enrico Saggese, presidente da Agência Espacial Italiana e o general Giuseppe Bernardis, chefe do Estado Maior da Aeronáutica Militar italiana. 

O Papa fez quatro perguntas em inglês a todos os astronautas e uma quinta em italiano a Paolo Nespoli, cuja mãe morreu enquanto ele estava em missão no espaço.

Por exemplo, o Papa perguntou "como se vê a Terra do espaço e qual é a contribuição da ciência para a paz?".

O comandante da missão, Mark Kelly, respondeu: "Voamos sobre a maior parte do mundo e não vemos fronteiras, mas ao mesmo tempo nos damos conta que os povos guerreiam uns contra os outros e há muita violência no planeta".

O astronauta norte-americano lembrou que na estação espacial quase todos os instrumentos funcionam com energia solar, destacando que "se estas tecnologias fossem mais difundidas na Terra, possivelmente teríamos menos violência".

Kelly agradeceu ao Papa por lembrar sua esposa, Gabrielle Giffords, a deputada democrata que foi gravemente ferida em um atentado em janeiro passado.

Outra pergunta de Bento XVI foi sobre "a responsabilidade da ciência para o futuro do nosso planeta". Desta vez, quem respondeu foi outro norte-americano, Ronald Garan. "De um lado, podemos ver a beleza deste planeta que nos foi dado, mas de outro também percebemos sua fragilidade", disse Garan, ao observar, por exemplo, que "a atmosfera, quando vista do espaço, é tão fina quanto papel, e é a única coisa que separa todos os seres vivos do vácuo espacial: "isso é algo que nos leva a refletir".

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