
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que o debate sobre a nova lei que limita a transmissão da cidadania por direito de sangue a apenas duas gerações deve ser acompanhada com atenção para “encorajar uma possível reconsideração das questões que surgiram”.
O mandatário se encontrou no Palácio Quirinale, em Roma, com os membros do Conselho Geral dos Italianos no Exterior (CGIE), incluindo a secretária-geral do grupo, Maria Chiara Prodi.
“A reflexão que se abrirá sobre o assunto nesta sessão será certamente útil e deve ser acompanhada com atenção para encorajar uma consideração ponderada e, possivelmente, uma reconsideração das questões que surgiram”, disse Mattarella aos participantes.
O chefe de Estado também recordou que o assunto “despertou atenção e debate na comunidade italiana”, principalmente no mês passado.
Os comentários de Mattarella foram elogiados por Filiberto Zaratti, líder da Aliança Verdes e Esquerda (AVS) na Comissão, que afirmou que a nova norma é “perversa”.
“Finalmente o chefe de Estado apontou que a lei precisa ser alterada. Agradecemos a ele e não podemos deixar de notar a reação ridícula do governo que afirma estar em consonância com as observações do Quirinale: eles não quiseram ouvir a razão e fizeram nosso país parecer ruim em todo o mundo, criando constrangimento nas comunidades de italianos no exterior”, analisou.
Já Toni Ricciardi, vice-presidente do grupo do Partido Democrático (PD), disse que Mattarella “acolheu as justas e profundas preocupações do CGIE”.