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Presidente italiano Sergio Mattarella diz que Estado irá responder com firmeza ao ataque em Milão

Em uma reunião extraordinária do Conselho Superior de Magistratura da Itália (CSM), o presidente Sergio Mattarella disse que o Estado vai responder com firmeza ao ataque realizado no Palácio de Justiça de Milão, deixando três mortos, incluindo um juiz.

"Os magistrados estão na linha de frente, e isso os torna particularmente expostos. Até por isso, deve ser rejeitada qualquer forma de descrédito em relação a eles. A sociedade democrática, aberta e acolhedora, é vulnerável por natureza. Aos criminosos, o Estado italiano vai responder com firmeza, mas sempre no pleno respeito das garantias constitucionais", declarou Mattarella, que também preside o CSM.

O chefe de Estado ainda garantiu que os investigadores esclarecerão as circusntâncias do ataque e disse que caberá depois aos líderes judiciários de Milão e ao ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, agir para que "fatos similares" não se repitam. "Aos servidores do Estado deve ser assegurada a maior segurança possível", ressaltou.

Mais cedo, por meio de nota, Mattarella já havia dito estar "profundamente abalado" com o crime ocorrido na capital da Lombardia e expressado suas condolências aos familiares das vítimas.

O ataque

Um italiano identificado como Claudio Giardiello, de 57 anos, que estava sendo julgado por um processo de falência fraudulenta, disparou 13 vezes dentro do Palácio de Justiça de Milão.

Segundo o procurador de Brescia, Tommaso Bonanno, o atirador possuía dois cartuchos de projéteis calibre 7.65. Ele teria entrado no tribunal com um crachá falso, usando a porta lateral por onde ingressam apenas advogados, magistrados e jornalistas.

De acordo com as primeiras reconstruções do caso, Giardiello estava sentado em um banco no terceiro andar do prédio quando se levantou e começou o tiroteio. Entre as vítimas estão o seu ex-advogado, Lorenzo Alberto Claris Appiani, e o juiz Fernando Ciampi.

Um quarto corpo foi encontrado dentro do Palácio de Justiça, mas sem ferimentos. A polícia trabalha com a hipótese de infarto. O criminoso ficou escondido no edifício por cerca de uma hora, antes de fugir de moto. Ele foi preso em Vimercate, entre Monza e Brianza.

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