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Primeiro-ministro da Itália Mario Monti deseja que Nobel leve a uma União Europeia mais solidária

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, pediu após a concessão do Prêmio Nobel da Paz à União Europeia, que os países-membros prossigam com determinação o objetivo de uma UE mais solidária e aberta ao resto do mundo.

"Espero que este importante reconhecimento dê mais força e convicção aos governos e aos cidadãos dos países-membros para continuar com determinação o objetivo de uma União Europeia unida, solidária e aberta ao resto do mundo", escreveu Monti.

Em sua mensagem, o primeiro-ministro da Itália e ex-comissário europeu também desejou que "sejam superadas as dificuldades atuais de natureza econômica através do fortalecimento dos instrumentos de ação adequados, decididos e governados em consenso".

Monti avaliou o papel da UE na democracia para pôr fim às guerras e criar "uma sólida e definitiva reconciliação entre França e Alemanha", e lembrou como "também deu origem a uma nova modalidade de convivência entre os países baseada em uma soberania comum e na criação de instituições que tornam irreversível o processo de cooperação".

"Com a ampliação, a União Europeia ofereceu uma perspectiva de paz e de reconciliação a uma Europa dividida pela Guerra Fria. A promoção da paz, dos direitos humanos e da democracia são elementos básicos na ação da UE no mundo para a solução das crises internacionais e para a promoção de um crescimento igualitário e sustentável dos países em desenvolvimento", acrescentou Monti.

Por sua vez, o chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano, afirmou que o Prêmio Nobel "põe em máxima evidência, com o mais alto dos prêmios, uma grande verdade histórica, às vezes esquecida com o passar dos anos e que não está bastante presente nas novas gerações: a integração europeia nasce, sobretudo, como projeto de paz".

Entretanto, nem todos se mostraram de acordo com este prêmio na Itália: o senador Sandro Bondo, ministro da Cultura no governo anterior de Silvio Berlusconi, afirmou que o prêmio "é uma expressão de hipocrisia sem limites" já que atualmente "a Europa e sua falsa consciência permanece muda e inerte frente a todos os conflitos que existem no mundo e põe a paz em perigo".

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