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Primeiro-ministro italiano Mario Monti espera ver sinais de recuperação da Itália em alguns meses

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, disse que espera que em poucos meses comecem a surgir sinais de recuperação da economia da Itália atingida pela recessão.

O premiê falou durante uma conferência de agricultura no norte da Itália. Ele afirmou que "poucos meses, espero que demore apenas poucos meses antes de começarmos a ver sinais claros de recuperação".

A Itália está em recessão desde meados do ano passado, sob o peso de medidas de austeridade aprovadas pelo governo Monti para reduzir a dívida maciça do país, incluindo aumentos de impostos, reduções nos gastos e uma revisão do sistema de aposentadoria.

O desemprego atingiu o maior índice desde que os registros mensais começaram em 2004 e os sindicatos estão travados em disputas crescentes com empresas sobre o fechamento de fábricas e demissões.

Monti defendeu as medidas de austeridade, e disse que acreditava que o seu governo seria lembrado por ter ajudado a Itália a sair de uma profunda crise econômica sem precisar recorrer à ajuda externa.

"Espero que um dia possamos dizer que graças a nós a Itália não foi colonizada pela Europa e que mantém sua própria soberania digna numa Europa cada vez mais integrada", disse.

Ele falou ao mesmo tempo em que milhares de sindicalistas faziam um comício em Roma contra os cortes de gastos do governo e o aumento do desemprego.

Monti substituiu o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi em novembro passado, quando o país se aproximava de um desastre de dívida como o da Grécia.

Monti disse que um acordo de líderes da União Europeia nesta semana –para permitir que o Banco Central Europeu (BCE) supervisionasse os bancos a partir do ano que vem– também ajudará a acelerar a solução da crise da zona do euro.

A Comissão Europeia propôs tornar o BCE responsável pela supervisão como um passo em direção a uma união bancária na qual os países da zona do euro e outros que queiram se juntar a ela resolveriam juntos bancos problemáticos e protegeriam depósitos dos correntistas.

"Este é outro passo para acelerar o fim da crise e reforçar o governo europeu através de uma supervisão mais eficiente de atividades bancárias, visando a evitar riscos de contágio", disse Monti.

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