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Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi aumenta poderes de órgão anticorrupção

O Conselho dos Ministros da Itália, presidido pelo premier Matteo Renzi, aprovou um decreto-lei que aumenta os poderes da Autoridade Nacional Anticorrupção (Anac) do país, em meio a um grande escândalo que derrubou o prefeito de Veneza, Giorgio Orsoni.

Entre outras coisas, o órgão terá os poderes da Autoridade de Controle e Vigilância dos Contratos Públicos (AVCP) e poderá propor uma comissão "ad hoc" para investigar a parte de determinada empresa que desenvolve um trabalho contestado. Além disso, foram nomeados quatro novos comissários para a entidade: Michele Corradino, Francesco Merloni, Ida Angela Nicotra e Nicoletta Parisi. Isso aumentará a capacidade de atuação da Anac.

Atualmente, ela tem o papel de garantir a transparência do setor público, a acessibilidade dos dados inerentes ao seu funcionamento e a transparência dos sistemas adotados. A reforma da entidade foi acelerada após o estouro do escândalo Mose, nome do complexo de barreiras que tem como objetivo proteger Veneza de seus constantes alagamentos, no início de junho.

O projeto é uma das maiores obras públicas da história da Itália, com o custo de 5,5 bilhões de euros (R$ 17 bilhões) financiado inteiramente pelo Estado. Membro do Partido Democrático (PD), o mesmo de Renzi, o prefeito Giorgio Orsoni teria recebido ilegalmente 110 mil euros (R$ 330 mil) do consórcio responsável pelo projeto para financiar sua campanha eleitoral em 2010.

Ele foi preso ao lado de mais de 30 pessoas por acusações de corrupção, extorsão e lavagem de dinheiro. Por conta disso, Orsoni renunciou ao cargo nesta sexta.

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