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Primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi seguirá no cargo e se diz vítima de “ataques”

O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi reafirmou ser vítima de ataques "infundados" e garantiu que seguirá no cargo, durante um encontro de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), realizado em Roma. 

"Não existe país no mundo onde o chefe de Governo precisa se defender, há dois anos, de histórias inventadas e instrumentalizações. A verdade é que estamos sob ataque e não por aquilo que fizemos, mas pelo que representamos: um obstáculo intransponível para a esquerda assumir o poder", declarou o premier.

"Há duas realidades: a de verdade e a contada pela imprensa, uma realidade feita de antiberlusconismo que a mídia leva em consideração", disse ele, acrescentando que atualmente há "uma tentativa extrema, violenta e agressiva de destruir tudo aquilo que fizemos de bom". 

Berlusconi está implicado na investigação, em curso na Justiça, do caso da marroquina Ruby, que teria participado de uma festa em sua casa quando ainda era menor de idade, e a favor de quem ele teria interferido posteriormente, quando a moça foi presa por furto. 

Este é o mais recente de uma série de escândalos envolvendo jovens mulheres, como o de seu comparecimento à festa de aniversário da jovem Noemi Letizia em 2009, que motivou sua separação de Veronica Lario, sua companheira há quase 30 anos. 

"Me atacam de modo indigno e abjeto, mas quero que saibam que as campanhas de lama fundadas em mentiras não vão conseguir me parar, porque estaria traindo a confiança dos italianos e antepondo à soberania do poco um primado anômalo", declarou ele.

O pemier disse se referir ao primado dos "poderes que, por interesses de casta e pessoais", criam teorias "construídas por algumas procuradorias", poderes consolidados que "repetem como um refrão em uníssono que o governo não está fazendo nada e que estamos nos esquecendo dos interesses do país". 

"Ficarei, apesar dos ataques diários infundados que me são dirigidos, e ficarei até que os italianos me deem seu consenso", garantiu o líder do Executivo. 

No final de setembro, o premier submeteu ao Parlamento um discurso programático com cinco pontos, que recebeu o voto de confiança das duas casas graças ao apoio de seu ex-aliado, o presidente da Câmara dos Deputados Gianfranco Fini. O apoio do legislador colocou panos quentes em uma crise que poderia ter levado a antecipar as eleições. 

"Daqui, a mensagem é que há um governo em campo com números para seguir adiante e para governar, e que só pode ser revogado pelos cidadãos", disse ainda Berlusconi. "Não daremos nenhum passo para atrás, mas cinco para frente", completou. (ANSA)

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