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Italiana vítima de feminicídio foi esfaqueada 75 vezes por ex-namorado

A estudante da Universidade de Pádua Filippo Turetta, que confessou ter assassinado a ex-namorada Giulia Cecchettin, de 22 anos, em um caso que chocou a Itália em novembro passado, esfaqueou a jovem 75 vezes devido a uma crise de ciúmes.

A informação foi revelada pelo promotores do caso em documentos. Das 75 facadas, cerca de 20 atingiram as mãos da vítima durante um ato de defesa, enquanto diversas outras foram registradas no rosto. O italiano é acusado de crueldade “claramente superior a intenção homicida”.

“O controle que ele exerceu sobre a menina foi contínuo”, destaca o documento de conclusão da investigação, citado pela imprensa, enfatizando que “é uma condensação de horror”.

De acordo com o inquérito, Turetta havia instalado um aplicativo espião no celular de Giulia, e havia planejado o crime e a fuga “pelo menos a partir de 7 de novembro”, quatro dias antes do assassinato.

O jovem, inclusive, chegou a compartilhar com um terapeuta, desde o final de setembro, as angústias causadas pelo “abandono de Giulia”. Ele fazia terapia a pedido da própria ex-namorada e de seus familiares.

Turetta admitiu ter matado Cecchettin durante seu depoimento prestado a um juiz de investigação preliminar e disse que estava “de coração partido” e queria pagar integralmente pelo crime cometido.

O estudante foi detido perto de Leipzig, na Alemanha, em 19 de novembro, depois de mais de uma semana foragido, e extraditado para a Itália para ser julgado no sábado passado.

O assassinato de Cecchettin chocou a Itália, em parte devido à idade da vítima e do assassino e por causa da brutalidade. Além disso, aumentou a necessidade de combater a violência baseada no gênero, uma vez que foi mais um de uma série de feminicídios no país.

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