
Cidades de toda a Itália são palcos de protestos contra a interceptação dos barcos humanitários da Flotilha Global Sumud (GSF) pelas forças militares de Israel, após manifestações espontâneas já terem tomado conta das principais metrópoles do país.
Movimentos estudantis ocuparam escolas e prédios de universidades em cidades como Roma, Milão, Turim, Gênova e Bolonha, em solidariedade às centenas de ativistas que foram detidos em águas internacionais enquanto tentavam levar ajuda humanitária a Gaza.
“Como tínhamos prometido, se tocassem na flotilha, bloquearemos tudo”, disse um grupo de estudantes da Universidade Estatal de Milão.
“A agressão contra navios civis que transportavam cidadãs e cidadãos italianos representa um fato de gravidade extrema”, declarou a Cgil, acusando o governo da premiê Giorgia Meloni de ter “abandonado” compatriotas em “águas livres internacionais, violando os princípios constitucionais”.
A USB já havia liderado uma greve nacional na semana passada, com manifestações que levaram cerca de 500 mil pessoas às ruas em 80 cidades do país, e agora disse que é hora de “bloquear tudo”.
Ao todo, pelo menos 22 italianos foram detidos por Israel nos barcos da GSF. Segundo o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, todos receberão assistência consular e estão em “boas condições”.
As primeiras deportações podem começar já na sexta-feira, e quem se recusar a deixar voluntariamente o país judeu será submetido a um processo para expulsão forçada.