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Quase 90% dos italianos esperam “medidas severas” contra o Brasil, devido ao caso Battisti

Uma enquete realizada pelo canal de notícias italiano Sky Tg24 revelou que 89% dos telespectadores acham que o governo do país deve tomar medidas severas contra o Brasil devido à decisão de conceder o status de refugiado político ao ex-militante Cesare Battisti.

Em contrapartida, apenas 11% dos consultados afirmaram que não é necessário adotar qualquer atitude mais drástica.

A decisão do governo brasileiro, anunciada na terça-feira pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, provocou fortes manifestações de repúdio no meio político italiano.

 

Os ministros da Defesa, Ignazio La Russa, e da Justiça, Angelino Alfano, e o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, já pediram a revisão da medida para que Battisti possa ser extraditado.

O vice-prefeito de Milão, Riccardo De Corato, chegou a defender um boicote a produtos brasileiros, enquanto o senador Sergio Divina, vice-presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado, recomendou evitar o Brasil como destino turístico.

Além deles, o senador Stefano Pedica, do partido Itália dos Valores, ameaçou neste sábado iniciar uma greve de fome para protestar contra a decisão do governo brasileiro.

Battisti, hoje com 54 anos, foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos entre 1978 e 1979, quando era membro do grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

Preso no Brasil desde 2007, o italiano recebeu o status de refugiado político, o que permitirá a ele viver e trabalhar no país sem ser extraditado. Genro baseou-se na "existência fundada de um temor de perseguição" contra Battisti em seu país. O italiano alega inocência.

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