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Para Berlusconi “ainda existe tempo” do presidente Napolitano lhe conceder uma “graça” judicial

O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi afirmou que "ainda dá tempo" do presidente Giorgio Napolitano lhe conceder uma graça judicial, anulando, assim, suas condenações e evitando uma possível cassação de seu mandato. "Dizem que, para conquistar a graça, precisa ter começado a cumprir a pena. Ou seja, ainda está em tempo", disse Berlusconi em entrevista ao jornalista Bruno Vespa para um livro sobre política italiana.

Não foi informada, porém, a data em que o ex-premier fez essa declaração ao repórter. Segundo o livro, até o momento a família e o advogados de Berlusconi não apresentaram nenhum pedido de graça ao presidente. No dia 9 de agosto, houve apenas um discreto encontro entre Napolitano e representantes do ex-premier para falar dessa possibilidade. Em outubro, o presidente italiano foi criticado por sugerir concessões de indulto e anistia como forma de resolver o problema da superlotação dos cárceres do país. Líderes políticos da oposição acharam que a declaração estivesse relacionada à situação judicial de Berlusconi. A legislação italiana prevê três tipos de clemência: a graça, que deve ser concedida pelo presidente; e o indulto e a anistia, cujos casos são votados no Parlamento, com aprovação da maioria de dois terços.

Berlusconi foi condenado a quatro anos de prisão por fraude fiscal no processo de compra e venda de direitos televisivos da empresa Mediaset. A pena foi reduzida para um ano e pode ser cumprida com reclusão domiciliar ou trabalhos comunitários. Devido às sua condenação, o ex-premier também corre o risco de perder seu mandato no Senado. A votação sobre sua cassação foi agendada para o dia 27 de novembro e será aberta.

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