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Raggi reconhece derrota e faz apelo ao próximo prefeito de Roma

A prefeita de Roma, Virginia Raggi, reconheceu a derrota nas eleições municipais na capital italiana e pediu para que o vencedor do segundo turno, que será disputado entre 17 e 18 de outubro, cumpra as suas promessas de campanha.

“Quem vier depois não tem desculpa e ficaremos vigilantes. O meu pensamento vai para os subúrbios. Espero que o novo prefeito mantenha suas promessas. Vamos monitorar. Continuo ao lado dos romanos”, afirmou a política do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), em breve coletiva no hotel The Hive, no centro de Roma.

Raggi lembrou que assumiu a “parte mais difícil”, mas conseguiu lançar “bases para ressuscitar Roma”. “São muitos projetos graças ao trabalho feito por mim, como a Expo que eu queria, grandes eventos surgindo e projetos em andamento”, enfatizou.

Primeira mulher a governar Roma em sua história milenar, Raggi havia sido eleita em 2016, na esteira do crescimento do populismo na Itália, mas teve um mandato conturbado e foi bastante criticada por não ter resolvido problemas crônicos da “cidade eterna”, como as deficiências na gestão de lixo e no sistema de transporte público”.

A prefeita chegou inclusive a ser processada por falso testemunho em uma investigação sobre supostas irregularidades nas nomeações para seu secretariado, mas acabou absolvida.

Segundo Raggi, “após cinco anos de ataques violentos e muitas vezes pessoais, aos quais poucos teriam resistido”, ela conseguiu pouco menos do que a centro-direita e centro-esquerda conseguiram. “Isto é um dado para levar em consideração e sobre o qual faremos necessariamente uma reflexão nos próximos dias”, garantiu a então prefeita de Roma.

“Foi um resultado importante que dá voz a muitas pessoas que acreditaram em mim e no trabalho que temos feito: para devolver a ética à política, para devolver o respeito à legalidade na utilização do dinheiro público, que é o nosso dinheiro, para dar trabalho limpo para empresas que antes não podiam trabalhar em Roma, reconstruí estradas, casas e escolas”, acrescentou.

Por fim, Raggi ressaltou que não irá declarar apoio aos candidatos que disputarão o segundo turno, porque “os votos não são pacotes” e “cidadãos não são rebanhos a pastar”.

“Eu disse e repito: Roma antes de tudo. Continuaremos com um projeto, com coragem e de cabeça erguida”, concluiu ela, dizendo que a campanha eleitoral foi “exigente” e agradecendo o apoio do ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, e ao ex-premiê Giuseppe Conte.

Visivelmente decepcionada, a então prefeita da “cidade eterna” deixou o hotel sem responder as perguntas dos jornalistas e garantiu que realizará uma coletiva de imprensa nos próximos dias.

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