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Itália nomeia comissário especial para gerir crise migratória

O chefe de Liberdades Civis e Imigração do Ministério do Interior, Valerio Valenti, foi nomeado como comissário do estado de emergência migratória decretado por seis meses pelo governo da premiê Giorgia Meloni devido ao aumento do número de chegadas no país.

De acordo com o despacho assinado pelo chefe da Defesa Civil, Fabrizio Curcio, o italiano será responsável pela gestão da emergência nas regiões de Piemonte, Ligúria, Lombardia, Vêneto, Friuli-Venezia Giulia, Úmbria, Marche, Lazio, Abruzzo, Molise, Basilicata, Calábria, Sardenha, Sicília e as províncias autônomas de Trento e Bolzano.

As únicas regiões que não concordaram com o decreto foram as quatro governadas por membros do Partido Democrático (PD), maior legenda de esquerda da Itália: Toscana, Campânia, Emilia-Romagna e Puglia.

Valenti contará com uma estrutura de apoio composta por no máximo 15 pessoas que já trabalham no Ministério do Interior.

Além disso, o comissário está autorizado a reconhecer aos seus funcionários, até o final do estado de emergência, um subsídio mensal igual a 25% da retribuição mensal.

O comissário vai coordenar tanto as atividades que visam ampliar a capacidade do sistema de acolhimento, com especial referência aos pontos críticos, envolvendo os territórios atingidos, como as instalações temporárias, nas quais são garantidas alimentação, alojamento, vestuário, cuidados de saúde e apoio linguístico mediação cultural.

Por fim, deve “identificar as melhores soluções para garantir um serviço contínuo de transporte marítimo e aéreo, através de transportadoras especialmente identificadas, desde os pontos críticos até aos territórios onde se situarão os centros e instalações”.

Na semana passada, o Conselho de Ministros da Itália aprovou a imposição de um decreto de emergência nacional por conta do “exponencial” aumento no fluxo de pessoas migrantes por meio de rotas do Mar Mediterrâneo.

Além disso, Meloni confirmou que tem “o objetivo de eliminar a proteção especial, porque é uma proteção adicional em relação ao que acontece no resto da Europa”. A declaração foi criticada e qualificada como “uma vergonha” pela secretária do PD, Elly Schlein.

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