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Regiões italianas se rebelam contra exploração de petróleo

Os representantes das assembleias legislativas de 10 regiões italianas depositaram na Corte de Cassação, principal instância judiciária do país, seis propostas de referendo contra a perfuração de poços de petróleo a menos de 12 milhas de suas costas e em seus territórios.

A iniciativa engloba Sardenha, Vêneto, Calábria, Ligúria, Campânia, Molise, Púglia, Marcas, Abruzzos e Basilicata, que lidera o movimento. Oito dessas regiões são governadas pelo Partido Democrático (PD), sigla de centro-esquerda comandada pelo primeiro-ministro Matteo Renzi.

Elas questionam um artigo do projeto "Sblocca Italia" ("Desbloqueia Itália", em tradução livre) que dá ao governo nacional o direito de se sobrepor ao direito regional em matéria de exploração de hidrocarbonetos, com o pretexto de "valorizar os recursos energéticos" da Itália.

"Pedimos que não haja perfurações até 12 milhas e que sejam restabelecidos os poderes das regiões, protegendo os cidadãos da limitação do seu direito à propriedade", disse o presidente do Conselho Regional da Basilicata, Pino Lacorazza.

Isso porque uma norma também permite a expropriação de terrenos para a procura de hidrocarbonetos por um período de até 12 anos. "Mais do que novas perfurações, o nosso país deve chegar à plena eficiência energética construindo os edifícios de forma diferente e modernizando os já existentes", acrescentou o político.

A Corte de Cassação deve se pronunciar entre janeiro e abril sobre a admissibilidade das propostas de referendo. Se elas forem aceitas, caberá ao presidente da República da Itália, Sergio Mattarella, decidir a data das consultas.

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