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Expoente da direita italiana é condenado por lavagem de dinheiro

O ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro das Relações Exteriores da Itália Gianfranco Fini, 72 anos, expoente histórico da direita nacionalista, foi condenado a dois anos e oito meses de prisão por lavagem de dinheiro em um processo ligado à compra e venda de um apartamento em Mônaco.

O Tribunal de Roma também sentenciou a companheira de Fini, Elisabetta Tulliani, e o sogro Sergio Tulliani a cinco anos de reclusão e o cunhado Giancarlo Tulliani a seis anos.

O caso gira em torno de um apartamento em Monte Carlo deixado como herança pela condessa Anna Maria Colleoni à Aliança Nacional (AN), partido do qual Fini foi presidente entre 1995 e 2008 e no qual a premiê Giorgia Meloni militou na juventude.

O imóvel foi comprado por Giancarlo Tulliani em 2008 por 300 mil euros, através de uma empresa offshore que seria de propriedade do empreendedor Francesco Corallo.

Mais tarde, em 2015, essa offshore vendeu o apartamento para uma empresa na Suíça de propriedade do próprio Tulliani por 1,36 milhão de euros. Segundo o Ministério Público, o dinheiro empregado na transação seria de um colaborador de Corallo.

A acusação diz que Fini sabia de uma origem ilícita do dinheiro usado na compra do imóvel pela offshore em 2008, porém o político garante que foi enganado pelo cunhado e pela própria companheira.

“Quando eu dei o ok, não sabia quem era o comprador”, justificou o ex-ministro após a sentença. A defesa já anunciou que vai recorrer da condenação.

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