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Arcebispo diz que “imigrantes deveriam receber a cidadania”

O presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Antonio Maria Vegliò, disse ser favorável à concessão de cidadania aos estrangeiros que moram na Itália e respeitam as leis, contribuindo para o aumento da riqueza do país.

"Temos cerca de 4,5 milhões de imigrantes. É gente que trabalha, paga impostos, ajuda a aumentar a riqueza do Estado. As crianças estudam nas nossas escolhas. Não entendo porque não devem ser integrados completamente se respeitam as leis e observam as regras", explicou Vegliò.

Vegliò falou ainda que o desafio da sociedade globalizada face ao fenômeno da imigração é "operar uma radical mudança de perspectiva, fazendo uma escolha pela pessoa humana".

O arcebispo também afirmou que o empenho específico da Santa Sé nesse assunto diz respeito à proteção dos mais vulneráveis, "como são os migrantes e refugiados", e se resume "no valor da acolhida" em relação a pessoas "de diversas nacionalidades, etnias e religiões", o que "contribui para tornar visível a autêntica fisionomia da própria Igreja".

O pronunciamento foi feito durante a apresentação à imprensa do VI Congresso Mundial da Pastoral para os Migrantes e Refugiados, que acontecerá no Vaticano entre os dias 9 e 12 de novembro.

A última edição do evento ocorreu entre os dias 17 e 23 de novembro de 2003 e reuniu 319 delegados e observadores de 84 países.

No documento final do V Congresso, os religiosos fizeram um apelo às autoridades para que respeitassem e protegessem a dignidade e os direitos humanos dos migrantes e refugiados, entre outros pedidos. O texto também denunciava as tragédias permanentes que resultavam na morte de migrantes em zonas de fronteira e mares do mundo todo.

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