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Risco de grande estiagem preocupa autoridades italianas

A Itália começa a se preocupar com o risco de uma nova e grande estiagem em 2023, que pode ser ainda pior do que a registrada no ano passado, e prepara um grupo de trabalho para debater as crises hídricas, informa o governo.

“O problema da seca é grave porque nós temos a metade da neve em relação à média histórica. Temos rios e lagos em estado muito crítico, as bacias hidroelétricas em extrema dificuldade.

Precisamos enfrentar a questão imediatamente porque atinge tanto o aspecto humano como o agrícola. A estiagem pode ter consequências verdadeiramente pesadas em nosso país”, disse o ministro do Ambiente e da Segurança Energética, Gilberto Pichetto, à agência Ansa.

Segundo o representante, o grupo de trabalho vai se reunir de forma interministerial na próxima semana no Palácio Chigi.

A fala do ministro em relação à neve refere-se a um estudo divulgado pela ONG Legambiente, de que a cobertura de neve nos Alpes do país é 53% menor do que a média para a época por conta da seca que atinge parte da região norte da Itália.

Outra entidade, a Associação Nacional dos Consórcios das Bacias (Anbi), usando dados do Conselho Nacional de Pesquisas (CNR), afirmou que cerca de 3,5 milhões de italianos vivem em áreas onde há seca severa ou extrema.

“Com os dados nas mãos é certo dizer que, para ao menos 3,5 milhões de italianos, a água da torneira não pode ser dada como garantida”, disse o presidente da associação, Francesco Vicenzi.

Os dados do observatório criado pela entidade apontam “semanalmente para uma piora na situação, que aparenta estar irremediavelmente comprometida, também por conta das próximas e desejadas precipitações”.

Ainda conforme a organização, a falta de chuvas registrada nesse mês já torna possível prever problemas também para as áreas centrais do território.

A Anbi ainda aponta que o rio Pó, o maior da península, pode ter valores mínimos ainda piores do que os recordes negativos de 2022. Mas, o cenário não é bom para outros rios importantes para o país: o Aniene está em menos da metade da média histórica para a época; o Sacco e o Liri também têm fortes quedas.

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