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Governo da Itália restringe protestos contra passe sanitário

Em meio a uma nova alta nos casos de Covid-19, a Itália decidiu proibir manifestações contra o certificado sanitário do governo em “áreas urbanas sensíveis”, ou seja, nos centros históricos das grandes cidades do país.

A medida está em uma diretiva assinada pela ministra do Interior, Luciana Lamorgese, e chega após protestos contra o chamado “passe verde” terem se tornado vetores de difusão do novo coronavírus na Itália.

“A evolução do fenômeno correlato aos protestos contra as medidas emergenciais ditadas pela Covid-19 torna necessária a urgente e imediata implantação do veto a manifestações em áreas sensíveis”, diz a circular enviada por Lamorgese a todas as províncias do país.

Os prefeitos de província são nomeados diretamente pelo Ministério do Interior e têm como principal tarefa cuidar de questões de segurança e ordem pública em seus territórios.

De acordo com Lamorgese, eles terão de identificar “áreas urbanas sensíveis e de interesse para o desenvolvimento da vida da comunidade”, que possam ser “objeto de interdição temporária à realização de manifestações públicas” enquanto vigorar o estado de emergência – até 31 de dezembro.

Caberá a cada província, em contato direto com os municípios, determinar quais áreas não poderão receber manifestações. Além disso, as autoridades de segurança pública poderão determinar que os protestos ocorram de forma estática em um único ponto, ao invés de passeatas, enquanto gestores terão liberdade para obrigar o uso de máscaras ao ar livre e proibir aglomerações.

As manifestações contra o passe verde ganharam força na Itália após o governo ter tornado o certificado sanitário obrigatório em todos os locais de trabalho, em outubro passado.

Esse documento é fornecido a vacinados, curados ou testados contra a Covid-19, porém pessoas antivax precisam realizar de dois a três exames por semana para trabalhar sem correr o risco de ter o salário descontado.

Os protestos já culminaram até na invasão da sede do principal sindicato da Itália, em Roma, e provocaram recordes de casos em cidades como Trieste, que registrou uma das maiores manifestações do país.

A Itália vive um momento de alta nos casos de Covid.

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