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Roma registra primeiro casamento de pessoas do mesmo sexo, ato amplamente criticado pelos italianos

O prefeito de Roma, Ignazio Marino, participou do primeiro registro de um casamento entre pessoas do mesmo sexo, Marilena e Laura, na capital italiana. Ato foi amplamente criticado, inclusive por setores do governo.

A medida reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo em outros países e aplica aos cônjuges gays todos os dispositivos legais relacionados ao casamento, com exceção da adoção. Na Itália, ainda não é permitido que duas pessoas do mesmo sexo se casem.

Uma das noivas, Marilena Grassadonia, disse que "hoje é um dia para ser lembrando. Importante porque fomos reconhecidas publicamente como casal". Sob aplausos das pessoas presentes, Marino continuou ajudando nos demais 15 registros e tirou fotos juntos aos casais que legitimaram sua união diante da Justiça romana neste.

"É fundamental que o prefeito defenda os direitos de todos", disse. "Devemos pensar que hoje é um dia normal. Acredito fortemente que todos são iguais e que têm os mesmos direitos diante da lei. Afinal, qual direito é mais importante do que dizer ao seu parceiro ou parceira 'eu te amo'?".

Enquanto isso, manifestantes reunidos na Piazza del Campidoglio com cartazes diziam que Marino está cometendo um ato ilegal e que sua atitude "ameaça a família italiana".

Segundo o ministro do Interior Angelino Alfano, tal solução jurídica está em desacordo com a Constituição italiana, que ainda não aceita uniões civis homossexuais.

Em meio à polêmica sobre a aceitação na Itália de casamentos entre pessoas do mesmo sexo celebrados no exterior, o primeiro-ministro Matteo Renzi prometeu legalizar as uniões civis entre homossexuais no país.

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