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Brasil aceita extraditar ex-mafioso italiano da Camorra

O governo brasileiro aceitou o pedido do ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, para extraditar o ex-mafioso Pasquale Scotti, preso em maio de 2015 em Recife, capital de Pernambuco.

A confirmação oficial foi enviada pelo Itamaraty. Atualmente, o ex-membro da Camorra, a máfia napolitana, está encarcerado em Brasília, mas deve ser transferido para uma penitenciária na Itália até o próximo dia 19 de março.

Até meados da década de 1980, Scotti era braço direito de Raffaele Cutolo, ex-boss camorrista, e comandava seu grupo armado. Por conta disso, se envolveu em 26 homicídios e, em 2005, foi condenado à prisão perpétua. Quando isso ocorreu, ele já carregava sentenças por porte ilegal de armas, resistência e extorsão, mas vivia foragido no Brasil há mais de 20 anos.

Scotti residiu durante todo esse período em Recife e trabalhava como empresário, levando uma vida confortável, porém bastante reservada. Na capital pernambucana, chegou a ter uma boate e uma casa de fogos de artifício. Em seu país de origem, o ex-mafioso não cumprirá pena de prisão perpétua, já que os tratados entre as duas nações proíbem que o criminoso tenha sentença superior ao limite estabelecido pela legislação brasileira, que é de 30 anos de cadeia.

Recentemente, outro caso colocou Brasil e Itália em situações opostas, com Roma aceitando extraditar Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão. O período entre a captura e a expulsão do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi marcado por reviravoltas e recursos e durou mais de 600 dias.

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