Notícias

“Ruby” foi levada para festas de Berlusconi por empreendedores

A dançarina marroquina Karima El-Mahroug, conhecida como "Ruby", foi levada por dois empreendedores às festas realizadas na casa do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, segundo afirmou um dos acusados no processo movido pela Procuradoria de Milão.

O agente de celebridades Lele Mora disse que não foi o responsável por levar Ruby às festas promovidas na mansão de Arcore.

"Eu estive lá com muitos homens, mulheres, empreendedores para jantar", disse o italiano, explicando que as pessoas eram convidadas em cima da hora e que o premier chamava apenas seus amigos.

"Eu não sou cafetão. Nunca levei mulheres a Arcore para se prostituírem", acrescentou Mora, afirmando Ruby foi levada às festas por "dois empreendedores amigos do presidente do Conselho [de Ministros]".

Mas, segundo o empresário, essa discussão "não faz sentido", "até porque saber quem levou Ruby a Arcore não muda nada, já que nunca aconteceu nada naquelas festas".

"Ruby nunca manteve relações sexuais com o presidente do Conselho", garantiu Mora, ressaltando que não tem "medo de ir para a cadeia", porque não fez "nada".

Segundo ele, Berlusconi é "uma pessoa especial, maravilhosa, que me ajudou muito" e as acusações têm o objetivo de prejudicar o premier.

"O motivo disto é Silvio Berlusconi. Acredito que alguém queira fazer alguma coisa contra Berlusconi. Nós não fizemos nada disso que foi dito", comentou o agente, ao participar de uma coletiva de imprensa em Milão sobre a apresentação de um festival.

Mora é uma das pessoas envolvidas no chamado caso Ruby, no qual o premier italiano responde por concussão e prostituição de menores.

De acordo com a Procuradoria de Milão, Ruby, em 13 ocasiões no início do ano passado, quando ainda tinha menos de 18 anos, recebeu dinheiro para manter encontros sexuais com Berlusconi.

No último dia 6, a Procuradoria de Milão também pediu o julgamento de Nicole Minetti, Emilio Fede e Lele Mora, sob acusação de indução à prostituição, inclusive de menores de idade.

A Procuradoria afirma que Minetti, Fede e Mora teriam agenciado, ao todo, 33 garotas para participar de festas realizadas na mansão do primeiro-ministro italiano.

De acordo com a acusação, estas mulheres recebiam dinheiro para favores sexuais.

Minetti é conselheira regional do partido governista Povo da Liberdade (PDL), enquanto Emilio Fede é diretor do programa televisivo TG4, do grupo Mediaset, cuja propriedade é da família Berlusconi.

O pedido, assinado pelo procurador Edmondo Bruti Liberati, foi encaminhado para a juíza de audiência preliminar Maria Grazia Domanico, que marcou uma audiência com os três para o dia 27 de junho. (ANSA)

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios