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Salvini acusa líder da União Europeia de interferir em eleição na Itália

O ex-ministro do Interior da Itália Matteo Salvini acusou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de tentar interferir no processo eleitoral no país, que vai às urnas em 25 de setembro para renovar seu Parlamento.

A crítica chega um dia depois de a alemã ter dito que a União Europeia tem “instrumentos” para reagir caso a Itália caminhe em uma “direção difícil” após o pleito de domingo, que tem a extrema direita como favorita à vitória. Na ocasião, ela citou os casos de Hungria e Polônia, alvos de procedimentos da UE por violações do Estado de Direito.

“Trata-se de uma esquálida ameaça, uma invasão de campo não solicitada. Essa senhora representa todos os europeus, seu salário é pago por todos nós”, afirmou Salvini, líder do partido de ultradireita Liga, ao programa de TV “Mattino Cinque”.

“São os italianos quem vão votar no domingo, não os burocratas de Bruxelas. Se eu fosse presidente da Comissão Europeia, estaria preocupado com os boletos”, acrescentou o exministro. Segundo ele, a Liga vai apresentar uma moção de censura contra Von der Leyen.

As declarações da alemã também foram alvos de ironia por parte da Embaixada da Rússia em Roma. “Nova ingerência russa? Não, não é russa…”, disse a sede diplomática no Twitter, em referência às acusações de que Moscou quer interferir nas eleições italianas para favorecer a extrema direita.

As falas de Von der Leyen foram feitas durante um debate em Princeton, nos EUA, ocasião em que ela também disse que Bruxelas vai trabalhar “com qualquer governo democrático”, independentemente da orientação política.

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