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Primeiro-ministro italiano Mario Monti diz que naufrágio poderia e deveria ter sido evitado

Em entrevista coletiva ao lado do premiê britânico, David Cameron, o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, comentou o acidente com o navio Costa Concordia e disse que a tragédia "poderia e deveria ter sido evitada", além de garantir que o governo italiano se esforça para conter os riscos de desastre ambiental na região.

No Reino Unido para uma visita oficial de Estado cuja agenda é focada na crise da zona do euro, Monti foi questionado sobre o desastre e disse que não poderia comentar os assuntos que já estão sendo tratados pelas autoridades da Guarda Costeira e Capitania dos Portos, mas adiantou que o governo está fazendo "de tudo" para "providenciar toda a assistência aos afetados".

"Claro que a prioridade é auxiliar as pessoas afetadas, mas estamos trabalhando para impedir quaisquer implicações negativas desse acidente para o ambiente", acrescentou Monti.

As declarações do primeiro-ministro chegam no mesmo dia em que a Procuradoria de Grosseto (região do naufrágio) afirmou que vai recorrer da ordem de prisão domiciliar emitida contra o comandante do navio Costa Concordia, Francesco Schettino e as equipes envolvidas nas operações adiantaram que a retirada de combustível da embarcação levará de duas a seis semanas.

A Justiça italiana determinou a prisão domiciliar para Schettino, após a Promotoria de Grossetto solicitar a prisão cautelar do comandante. O capitão é acusado de homicídio culposo múltiplo e abandono do navio.

Segundo a imprensa italiana, o comandante da embarcação foi libertado durante a noite e levado a Meta di Sorrento, no sul da Itália, onde deve cumprir a prisão domiciliar. Schettino foi detido pelo procurador, Francesco Verusio.

De acordo com Verusio, o recurso contra a prisão domiciliar será apresentado diante de uma possibilidade de fuga de Schettino.

"Ele não me parece uma pessoa arrependida. Desgostoso talvez pelo seu navio e pelo que lhe pode acontecer, mas não creio que esteja arrependido do que fez", disse.

Em uma nota, a juíza Valeria Montesarchio, que autorizou a prisão domiciliar, disse que "não há perigo de fuga, mas risco de contaminação de provas". Segundo ela, o acidente com o Costa Concordia foi um "desastre de proporções mundiais" e a manobra com o navio foi "desconsiderada" e "excessiva".

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