O julgamento de Francesco Schettino, capitão do navio de cruzeiro de turismo Costa Concordia, começou nesta terça-feira (9) na cidade italiana de Grosseto, mas poucos minutos depois foi adiado por uma greve de advogados.
A audiência foi suspensa 15 minutos após o início da sessão.
Schettino, chamado de "capitão covarde" e considerado o "homem mais odiado da Itália", é acusado de múltiplos homicídios por imprudência, abandono do navio e danos ao meio ambiente provocados pelo acidente, em 13 de janeiro de 2012, que deixou 32 mortos e dezenas de feridos.
O ex-capitão, com óculos escuros e terno azul, deu sinais de nervosismo ao comparecer ao tribunal improvisado, instalado no Teatro Moderno de Grossetto em função do grande público aguardado nos próximos meses.
Schettino deverá contar sua versão sobre os motivos que provocaram o encalhe do navio nos recifes da ilha toscana de Giglio. O Costa Concordia tinha 4.229 pessoas a bordo.
Ele é acusado de ter provocado o acidente ao passar muito perto da costa e de ter abandonado o navio durante o procedimento de evacuação, enquanto o Costa Concordia se inclinava dramaticamente com os passageiros a bordo, que tentavam recorrer aos botes salva-vidas.