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Silvio Berlusconi critica juízes e afirma que não existe uma “democracia verdadeira” na Itália

O premier italiano, Silvio Berlusconi, elevou seu tom de críticas à justiça ao afirmar que os juízes "querem eliminá-lo da vida política" e duvidou da existência de uma "democracia verdadeira" devido às ações dos procuradores.

O primeiro-ministro pediu ao Parlamento uma comissão que investigue a Justiça, e em resposta a Associação Nacional de Magistrados (ANM) disse que não vai se deixar "intimidar" pelo governo.

"Há um peso para a democracia, talvez usam a justiça com fins de luta política, para eliminar um protagonista que para eles não cai bem, talvez tenham feito um pacto com quem está na política, garantindo-lhes proteção", declarou Berlusconi.

O premier afirmou, durante um ato celebrado em Milão, em uma festa de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), que a "Corte Constitucional está composta por quase todos dirigentes de esquerda".

"Duvidamos da existência em nosso país de uma democracia verdadeira", apontou ele. "Se certos fiscais não gostam de uma lei, a impugnam e a levam à Corte, que tem onze membros de uma parte política e, sob pressão dos procuradores de esquerda, a derrubam. A soberania nestas condições é transferida do povo aos fiscais", completou.

Em resposta, a ANM afirmou que seguirá "aplicando a lei segundo os princípios da Constituição". "Não podemos mais que ratificar a forte preocupação pelos contínuos ataques de deslegitimar uma instituição do Estado", assinalou Luca Palamara, presidente da associação.

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