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Silvio Berlusconi deixa G20 sem falar com jornalistas

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, deixou a Cúpula do G20 — grupos das 20 nações mais desenvolvidas e dos principais emergentes — em Seul, na Coreia do Sul, sem dar coletiva de imprensa na saída.

Assim que acabou a cúpula, o premier e a delegação italiana deixaram o Coex Center, onde se reuniram os 20 líderes mundiais e se dirigiram diretamente ao aeroporto, evitando contato com jornalistas.

Uma sala estava reservada para um encontro com a imprensa. Um funcionário da Embaixada italiana tinha sido encarregado de transferir os jornalistas para a área dedicada aos encontros com o líder, mas a coletiva foi anulada com um telefonema que anunciava a partida de Berlusconi ao aeroporto.

Em sua intervenção na reunião multilateral, Berlusconi falou sobre os problemas decorrentes da especulação financeira.

"As matérias-primas alimentares desde o começo de junho aumentaram em 56% e as matérias-primas industriais aumentaram 27%. Por estas razões, se constitui uma prioridade, uma necessidade absoluta a introdução de regras comuns que governem os mercados financeiros e os intermediários do setor de medidas para obter uma redução do uso excessivo de aquisições no futuro", defendeu o primeiro-ministro.

Para Berlusconi, "as atividades especulativas ameaçam o crescimento global e produzem um forte impacto negativo sobre a vida das pessoas".

"Nos últimos dez anos, assistimos a um maciço ingresso de operadores financeiros no mercado das matérias primas", lembrou ele, pedindo aos chefes de Estado e de Governo presentes que "não ofereçam saída para os especuladores no setor das matérias primas de energia".

Em seu discurso na cúpula, o líder italiano insistiu na introdução de regras "comuns" como uma "prioridade".

"Reafirmo que a luta contra a especulação requer uma regulamentação destes mercados ainda não regulados. Os líderes deveriam, ao menos, afirmar o seu compromisso e definir linhas a seguir para a redação de regras comuns com o objetivo de ter mercados regulamentados e transparentes", propôs.

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