O premier italiano, Silvio Berlusconi, em visita a Bulgária e Líbia, relatou não ter nenhuma vontade de largar a política e comentou a reunião do G8 (grupo dos países mais industrializados do mundo e a Rússia) que será realizada no Canadá.
Em um almoço junto a seu homólogo búlgaro, Boiko Borisov, o primeiro-ministro comentou que se considera "indispensável, um ponto de referência para o país" e voltou a lamentar pelos poucos poderes conferidos a ele, como chefe de Governo, pela Constituição.
Sobre a Cúpula do G8, Berlusconi disse já ter elaborado uma ideia para defender o euro e contra os "especuladores que provocaram a crise" atacando a moeda. "No Canadá, não deixaremos de desenvolver uma estratégia comum da defesa do euro", declarou.
O premier também falou sobre seu relacionamento com o presidente norte-americano, Barack Obama, a quem definiu como "um homem sábio, concreto iluminado" e rebateu críticas sobre a amizade com seu par israelense, Benyamin Netanyahu.
"Aquilo com o barco pacifista foi um incidente que fez mal sobretudo a Israel, que foi contraproducente sobretudo para eles, que não quiseram certamente causar, foram provocados e reagiram com um excesso de legítima defesa", declarou, em referência à ação de militares do país que resultou na morte de nove ativistas.
Após a Bélgica, Berlusconi se dirigiu à Líbia, onde conversou com integrantes do governo e jantou com o chefe de Estado local, Muammar Kadafi, evento ao qual também compareceu uma delegação maltesa.
Durante a reunião, o líder líbio acolheu o pedido do primeiro-ministro italiano para que fossem libertados os três barcos de pesca provenientes de Mazara del Vallo, na região da Sicília, sequestrados há alguns dias pela Marinha do país.
As embarcações estavam localizadas a trinta milhas da costa, em uma região que os líbios consideram de sua exclusiva competência. Havia seis navios envolvidos no caso, mas três deles conseguiram fugir dos militares da nação africana.
