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Silvio Berlusconi diz que não concorrerá nas próximas eleições

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, afirmou que, como anunciou, renunciará após aprovar as reformas econômicas prometidas à União Europeia (UE) e não será candidato nas próximas eleições, previstas para fevereiro.

Berlusconi, que sempre tinha sido ambíguo sobre seu futuro, confirmou sua decisão em uma entrevista ao diretor do jornal La Stampa, Mario Calabresi.

"Assim que forem aprovados os orçamentos do Estado para 2012 (que contêm as medidas prometidas à UE) renunciarei, e como não há outras maiorias possíveis, vejo apenas as eleições de fevereiro. Eleições às que não me apresentarei", declarou.

O primeiro-ministro reconheceu após a votação de ontem na Câmara dos Deputados que seu Governo não tem a maioria, pois conseguiu apenas 308 votos, enquanto 321 deputados não votaram. Berlusconi disse ao La Stampa que o candidato da centro-direita nas próximas eleições será o atual secretário do Povo da Liberdade (PDL) e ex-ministro da Justiça, Angelino Alfano. "Não me apresentarei. Me sinto libertado e agora é a vez de Alfano ser nosso candidato a presidente. É muito capaz, muito mais do que possam pensar", comentou.

O primeiro-ministro disse que, como é de praxe, após sua demissão, o presidente Giorgio Napolitano começará as consultas com os partidos políticos para decidir o que fazer, mas adiantou que não quer Governos de união nacional ou o apoio de partidos da oposição. Sobre a votação de ontem, o primeiro-ministro qualificou de "alucinante" o que passou. "Me traíram os que durante toda uma vida levei em meu coração. Se penso no que fiz por Roberto Antonione (um dos deputados que não votou)… Sou padrinho de sua filha", lamentou.

Berlusconi também revelou que seus filhos estão "contentíssimos" por sua decisão de sair da política porque sabem que está cansado de não conseguir ditar suas ideias e de não poder fazer a política que quer. Além disso, o primeiro-ministro falou sobre seus problemas com o ministro da Economia, Giulio Tremonti. "A relação pessoal não é ruim, mas no final ele sempre faz o que quer e só me resta tomar nota durante o conselho de ministros", reconheceu.

Sobre que fará após a renúncia, Il Cavalieri considerou que participará da campanha eleitoral e talvez volte a ser presidente do Milan.

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