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Silvio Berlusconi faz reunião sobre as finanças públicas e estímulo ao crescimento

O premier italiano Silvio Berlusconi convocou uma reunião de governo, com o objetivo de examinar medidas destinadas a equilibrar as finanças públicas e estimular o crescimento, em resposta às exigências feitas pela União Europeia (UE).

A Liga Norte, partido liderado por Umberto Bossi e membro do Executivo formado pelo Povo da Liberdade (PDL), já reiterou sua oposição a uma nova discussão ou modificação na idade de aposentadoria, como defende o chefe de governo.

Berlusconi já se reuniu com o ministro das Finanças, Giulio Tremonti, e também foi recebido no Palácio do Quirinal pelo presidente da República, Giorgio Napolitano.

O ministro do Interior, Roberto Maroni, voltou a afirmar que a proposta de aumentar a idade de aposentadoria para 67 anos não pode vingar. "Nossa posição é clara: as pensões não se tocam".

Por sua vez, a posição da Liga provocou a reação do aliado PDL: sobre a reforma das pensões a Liga deveria trabalhar em conjunto com o primeiro-ministro "não para agradar Bruxelas, mas porque é bom para a Itália", comentou por sua vez o chanceler Franco Frattini.

No entanto, o PDL poderia encontrar um aliado para essa reforma nos centristas da UDC, e também no Futuro e Liberdade, partido presidido pelo presidente da Câmara dos Deputados Gianfranco Fini. Um de seus líderes, Italo Bocchino, disse: "Estamos dispostos a votar na reforma, desde que o premier renuncie". 

O Executivo italiano deve responder ao Conselho Europeu com medidas concretas, o mais tardar até a próxima quarta-feira, dia 26. 

Berlusconi prometeu tomar "algumas medidas" para combater a crise, depois que a União Europeia o desafiou a fazê-lo nos próximos dias.

"Eu quero tomar algumas medidas, nomeadamente no setor da aposentadoria. Convencerei Bossi", comentou o premier em uma breve declaração à imprensa após a cúpula da zona do euro. "A Itália não está em risco", insistiu ele.

O chefe de governo italiano participou em Bruxelas de reuniões com o presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel, e de outra com os presidentes do Conselho Europeu Herman Van Rompuy e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Sobre as medidas que pretende tomar, Berlusconi acrescentou que "nosso objetivo é manter em equilíbrio o balanço de 2013 e, para isso, poderíamos reduzir o déficit colocando à venda no mercado imobiliário alguns prédios públicos. (…) Temos uma oposição antiitaliana que, para fazer guerra ao governo, espalha pessimismo e derrotismo. Essas coisas vergonhosas são publicadas pela imprensa de esquerda e acabam criando uma imagem negativa da Itália no exterior, que não é real", finalizou.

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