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Polêmica continua: Parlamento belga quer protesto oficial contra declarações do Papa Bento XVI

O jornal vaticano L'Osservatore Romano publicou um artigo criticando a decisão do Parlamento belga de pedir que o governo do país apresente um protesto oficial contra as declarações do papa Bento XVI sobre o uso e distribuição de preservativos.

 

Segundo o texto, "se devemos respeito às instituições, então se deve respeito ao Papa, principalmente quando a intenção das suas palavras não é compreendida".

 

"O respeito óbvio e necessário a uma instituição de representação democrática não deve fazer esquecer o direito de liberdade de expressão de uma autoridade religiosa, que se refere a bilhões de mulheres e homens em todo o mundo", defendeu a publicação. 

 

O porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, afirmou que tal atitude do Parlamento belga "desperta espanto" e questionou "se as posições do Santo Padre foram consideradas com suficiente atenção e seriedade, ou um tanto atravessavas pelo não objetivo e equilibrado eco das mídias ocidentais". 

 

Na última quinta-feira (2) a Câmara dos Deputados belga aprovou uma resolução para um protesto oficial contra o Vaticano, segundo informou o site da emissora local RTBF.

 

A resolução, que teve 95 votos a favor, 18 contras e 7 abstenções, pede que o governo de Bruxelas "condene as afirmações inaceitáveis do Papa, feitas durante sua viagem à África, e proteste oficialmente junto à Santa Sé". 
 

Em 17 de março, primeiro dia de sua viagem pelo continente africano, Bento XVI disse que a Aids "é uma tragédia que não pode ser superada com o dinheiro e nem com a distribuição de preservativos, que só contribuem para agravar o problema".

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