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Soldado italiano morre no Afeganistão

Um militar italiano morreu e outro ficou ferido em um posto avançado na base italiana de Bala Murghab, no Afeganistão, por um homem que vestia o uniforme das forças de segurança afegãs, segundo informaram fontes do Ministério da Defesa da Itália.

O titular da pasta, Ignazio La Russa, disse que o autor do crime teria sido "um terrorista com o uniforme do Exército afegão" e que, ou o autor do disparo só vestia o uniforme ou era um infiltrado nas forças de segurança nacionais, o que seria "menos provável".

O homem morto é Luca Sanna, 33 anos e pertencia ao 8º regimento que atua em montanhas. Ele nasceu em Oristano e, segundo La Russa, era um "especialista". 

Inicialmente o ministro da Defesa afirmara que dois militares teriam sido feridos – um com um tiro nas costas e outro na cabeça, e que o primeiro não corria "risco de vida", mas que "as condições do segundo" eram "desesperadoras".

Quando a morte de Sanna foi confirmada, o premier Silvio Berlusconi expressou em uma nota, em seu nome e de todo o governo, "a profunda dor pela morte de nosso soldado no Afeganistão, empenhado em uma importante missão de paz para a estabilidade e contra o terrorismo". 

"Aos militares empenhados nas diversas missões, renovo o apoio e a gratidão de todo o governo pelo profissionalismo e a humanidade com a qual garantem a liberdade e a segurança na região mais turbulenta do mundo", disse o chefe do Executivo da Itália. 

Já o chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano, expressou sua comoção e seu sentimento de solidariedade pela dor dos familiares da vítima, por meio de uma nota emitida pelo Quirinale, sede da Presidência italiana. 

O chanceler Franco Frattini e a ministra da Juventude, Giorgia Melone, também manifestaram seus pêsames pelo soldado abatido e elogiaram o trabalho dos militares italianos em defesa da liberdade e da democracia.

O último episódio de morte de soldados italianos no país ocorreu em outubro de 2010, quando quatro efetivos da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf, da sigla em inglês) voltavam de uma missão na província afegã de Farah, no oeste do Afeganistão. 

A Itália enviou tropas ao país em 2004 para integrarem as forças comandadas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Desde então, 36 militares do país europeu morreram, a maioria vítimas de atentados ou confrontos. As autoridades italianas planejam retirar seus efetivos (cerca de 3 mil homens) do país ainda este ano. (ANSA)

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