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Giorgia Meloni presta juramento como nova primeira-ministra da Itália

A líder de extrema direita Giorgia Meloni prestou juramento e tornou-se a nova premiê da Itália, menos de um mês após a vitória de sua coalizão conservadora nas eleições de 25 de setembro.

Além de Meloni, todos os 24 ministros do novo governo também fizeram o ato solene perante ao presidente da Itália, Sergio Mattarella, no Salão de Festas do Palácio do Quirinal, em Roma.

“Juro ser fiel à República, cumprir lealmente a Constituição e as leis, e exercer o meu mandato e as minhas funções no interesse exclusivo da nação”, declarou ela.

O companheiro da deputada, Andrea Giambruno, e sua filha Ginevra acompanharam o juramento. Na sequência, Meloni, vestida com um terno preto, assinou o decreto de sua nomeação, apertou a mão de Mattarella e presenciou o cumprimento do rito pelo seu gabinete.

Os primeiros foram seus dois vice-premiês, Matteo Salvini, também ministro da Infraestrutura, e o novo chanceler, Antonio Tajani. Ao término, todos se reuniram para a foto oficial e cumprimentos.

Logo após seu juramento, Meloni afirmou que servirá o país “com orgulho e senso de responsabilidade”. “Aqui está a equipe do governo que, com orgulho e senso de responsabilidade, vai servir a Itália. Agora é trabalhar”, escreveu a líder da extrema direita no Twitter, ao compartilhar uma foto.

Como manda a praxe, o presidente italiano, Sergio Mattarella, convocou a deputada ao Palácio do Quirinal para encarregá-la de formar o novo governo depois de um ciclo de reuniões com todos os partidos representados no Parlamento.

“Desta vez o tempo foi curto, não passou nem um mês desde a data das eleições e isso foi possível devido à clareza do resultado eleitoral”, disse ele.

Primeira mulher premiê na Itália e a primeira líder de extrema direita a governar o país desde a Segunda Guerra Mundial, Meloni apresentou uma lista de ministros com integrantes de seu partido Irmãos da Itália (FdI), da legenda de ultradireita Liga, de Matteo Salvini, que irá liderar o Ministério de Infraestrutura, e o conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi.

O FdI é herdeiro da extinta legenda pós-fascista Movimento Social Italiano (MSI), e a própria primeira-ministra encarregada já expressou opiniões simpáticas a Mussolini em sua juventude.

Hoje, no entanto, tenta se vender como uma líder moderada e responsável, tendo abandonado inclusive a proposta de tirar a Itália da zona de euro.

Ainda assim, construiu sua trajetória política com um discurso anti-migrantes, e uma de suas bandeiras é impor um bloqueio militar no Mediterrâneo para impedir a chegada de deslocados internacionais.

No poder, Meloni promete respeitar as regras orçamentárias da União Europeia e manter a política externa de Mario Draghi, incluindo o apoio incondicional à Ucrânia na guerra contra a Rússia.

Nos últimos dias, declarações de Berlusconi alinhadas ao Kremlin já criaram uma saia justa para Meloni, que deu um ultimato ao ex-premiê, afirmando que quem não se alinhar à UE e à Otan “não poderá fazer parte do governo”.

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