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Juíza pede nova investigação sobre morte de testemunha contra Berlusconi

Uma juíza de Milão determinou que sejam realizadas novas investigações e avaliações, inclusive com laudos periciais, sobre a morte da modelo marroquina Imane Fadil, uma das principais testemunhas contra o ex primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi.

A decisão foi tomada pela juíza de instrução de Milão Alessandra Cecchelli, que acatou o pedido dos advogados da família da jovem, incluindo Mirko Mazzali, e indeferiu uma ação da promotoria.

O novo inquérito tem como objetivo avaliar se existe uma ligação entre a morte da modelo e a conduta dos profissionais de saúde, além de verificar, entre outras coisas, se sua doença poderia ter sido diagnosticada precocemente.

Testemunha de acusação em um dos processos do inquérito “Ruby ter”, que investiga Berlusconi por corrupção em atos judiciários, Fadil, 34 anos, morreu em 1º de março, em um hospital de Rozzano, após um mês de internação.

Em meados de setembro de 2019, após meses de investigações complexas, foi estabelecido que a modelo morreu em decorrência de uma doença rara, um tipo de aplasia de medula óssea que foi diagnosticada três dias antes de seu falecimento na clínica de Milão.

Depois do resultado dos exames em tecidos retirados dos órgãos da marroquina, o Ministério Público de Milão pediu o arquivamento da investigação aberta por homicídio voluntário, excluindo responsabilidades médicas.

Em uma petição, no entanto, os advogados da família de Fadil pediram uma série de novas “avaliações periciais”, inclusive sobre as alegadas responsabilidades dos médicos em tratamento, para ter uma prova clara e exaustiva sobre o caso, principalmente porque a vítima foi alvo de ameaças de morte.

O inquérito analisará se “a hemorragia gastroesofágica que levou à morte de Fadil era previsível e evitável”, se “um diagnóstico mais rápido da doença era possível” e se, portanto, “a morte poderia ser evitada” com “tratamento apropriado”. A juíza fixou um prazo de seis meses para novas investigações.

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