
Cerca de 1.200 cidadãos da União Europeia (UE), metade dos pouco mais de 2.400 que estavam no Haiti no momento do terremoto de terça-feira passada, continuam desaparecidos, informou a Comissão Europeia (órgão executivo da UE).
No total, 1.240 cidadãos comunitários foram contatados, dos quais 789 foram retirados do Haiti. Por outro lado, ainda não há notícias sobre entre 1.156 e 1.189 pessoas oriundas da UE.
Segundo a Comissão Europeia, os principais problemas enfrentados pelas equipes de ajuda internacional são o aumento da falta de segurança e a limitada capacidade do aeroporto da capital haitiana, Porto Príncipe.
O órgão executivo da UE disse que, nas 60 horas seguintes ao terremoto, os países-membros do bloco enviaram ao Haiti 658 especialistas, entre eles 11 equipes de resgate, cinco hospitais de campanha, seis postos de assistência médica, cinco unidades de tratamento de água e 14 equipamentos médicos básicos.
A UE aprovou hoje uma ajuda total ao Haiti de 430 milhões de euros, tanto em auxílio humanitário urgente como para a reconstrução em médio prazo.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 (Brasília) da terça-feira passada e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe. Segundo declarações à Agência Efe, o primeiro-ministro do Haiti, Jean Max Bellerive, acredita que o número de mortos superará 100 mil.
O Exército brasileiro informou que pelo menos 16 militares do país que participavam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) morreram em consequência do terremoto.
A médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, e Luiz Carlos da Costa, o segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti, também morreram no tremor.