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POLÍTICA ITALIANA: Presidente italiano Giorgio Napolitano se revolta contra demissão em massa do PDL

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, revoltou-se com as ameaças lançadas pelo partido Povo da Liberdade (PDL) de que todos os parlamentares da legenda pedirão demissão em massa caso o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi tenha seu mandato cassado. Em um comunicado, Napolitano disse que o anúncio do PDL é "inquietante" e classificou como "um absurdo" chamar de "golpe de Estado" a possível cassação de Berlusconi, termo utilizado pelo próprio ex-premier para se referir ao seu futuro político."A aplicação de uma sentença definitiva de condenação, apreciada à luz das regras do nosso sistema legal, é um fato constitutivo de qualquer Estado de Direito na Europa, assim como a não interferência do chefe de Estado ou do primeiro-ministro em decisões independentes da autoridade judiciária", defendeu o presidente. Berlusconi foi condenado a quatro anos de prisão por fraude fiscal no processo que ficou conhecido pelo nome de "Mediaset".

Em agosto, a Suprema Corte italiana confirmou a pena, mas pediu que outra condenação — a de até cinco anos de interdição de cargos públicos — fosse reavaliada. Paralelamente, uma comissão especial de senadores está analisando se Berlusconi terá seu mandato cassado no Senado devido às condenações. "Ainda há tempo, e eu espero que se faça bom uso desse tempo, para que os membros do PDL encontrem um modo de expressar — se é isso que eles querem — a proximidade política e humana ao líder do PDL (Berlusconi) sem por em causa o exercício das funções das duas Casas do Parlamento", afirmou Napolitano. Após a crítica de Napolitano, o PDL começou a recolher assinaturas de deputados para apresentar as possíveis renúncias. A ideia de uma demissão em massa foi aventada ontem pelos líderes de bancada do PDL na Câmara e no Senado, Renato Brunetta e Renato Schifani, respectivamente, durante uma convenção do partido.

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