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TRIBUNAL DE AREZZO: Alvo de crise, Banco Popular da Etruria é declarado insolvente

O Tribunal de Arezzo declarou o estado de insolvência do Banco Popular da Etruria, após decisão do colégio falimentar ao qual havia sido submetido. Assim como o Etruria, outras três instituições financeiras populares – Marche, CariChieti e Cassa Ferrari – também devem seguir o mesmo caminho após a falência.

Agora, o caso será encaminhado para o procurador da República da cidade toscana, Roberto Rossi, que avaliará uma eventual abertura de investigação por falência fraudulenta. Segundo denúncias, milhões de euros podem ter sido dados como prêmios a diretores e empresários considerados "próximos" à entidade poucos meses antes da derrocada da instituição.

O banco esteve no meio de uma crise política que gerou duas moções de desconfiança contra o governo do primeiro-ministro, Matteo Renzi, e contra a ministra das Relações Constitucionais, Maria Elena Boschi. Isso porque o pai da ministra, Pier Luigi, trabalhou por oito meses no local – antes da falência ser declarada. A própria Boschi era acionista da instituição financeira.

Segundo a oposição, o fato da ministra estar no governo no caso da intervenção contra o Etruria gerava um "conflito de interesses" na batalha jurídica. Porém, ambas as moções foram derrubadas em votação no Congresso.

A entidade ainda ficou muito conhecida na Itália porque o aposentado Luigino D'Angelo, 68 anos, suicidou-se após perder todas as economias – cerca de 100 mil euros – com a falência do banco.

O anúncio do tribunal foi feito horas depois do governo de Renzi ter firmado um decreto-lei que dá novas regulamentações ao setor bancário da Itália. O pagamento de indenizações para aqueles que fizeram depósitos ou investiram em instituições que faliram – ponto bastante polêmico após os problemas com os quatro bancos populares – não foi incluído no projeto.

Segundo fontes, a medida não foi incluída pelo temor do governo de ter que atrasar ainda mais a nova lei, tendo que submetê-la ao Parlamento. De fato, a medida legisla mais sobre as cooperativas de créditos italianas – cerca de 370 instituições – que agora responderão a uma entidade de gerenciamento única, a Bancos Italianos de Crédito Cooperativo (BCC, na sigla em italiano).

"Não houve nenhum adiamento ou atraso, mas a escolha foi não modificar leis já ativas. O nosso sistema bancário é mais sólido que outros países europeus e agora eu espero um incremento sobre os populares", disse o premier sobre a não inclusão da cláusula de reembolso.

De acordo com Renzi, as "medidas para pagamento estão substancialmente prontas e devem ser divulgadas nos próximos dias".

– Bolsas caem na Europa: A queda nas Bolsas asiáticas arrastou os pregões na Europa nesta quinta-feira. Milão teve forte queda de 4,75%, assim como houve retração em Atenas (-4,93%), Madri (-3,7%), Paris (-3,28%), Frankfurt (-2,09%) e Londres (-1,85%).

O fraco desempenho de hoje tem, novamente, como ponto principal a queda no preço do barril de petróleo – negociado abaixo dos US$ 30.

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