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Tribunal italiano condena Berlusconi a 1 ano de prisão

Um tribunal italiano condenou o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi a um ano de prisão pela publicação no jornal de sua família da transcrição de conteúdo gravado secretamente de um telefonema confidencial, em um caso relacionado a um escândalo bancário de 2005.

O sistema judiciário italiano determina que o bilionário da mídia, de 76 anos, não cumpra nenhum tempo na cadeia até que todos os recurso possíveis do processo sejam julgados, e uma corte de apelações ainda pode reverter a condenação.

A sentença, que foi lida no tribunal pelo juiz, ocorreu em meio a um complexo impasse político decorrente da inconclusiva eleição da semana passada, que não deu a nenhum partido a possibilidade de formar um governo sozinho.

Berlusconi, cujo grupo de centro-direita ficou como o segundo mais forte no Parlamento, está envolvido em dois outros julgamentos por acusações de fraude fiscal e de ter pago por sexo com uma prostituta menor de idade.

Ele negou qualquer irregularidade no caso e o veredicto provocou imediatamente críticas de seu advogado Piero Longo, que frequentemente criticou os juízes de Milão pela longa série de julgamentos que Berlusconi enfrentou ao longo dos anos.

"Não estou surpreso, uma vez que é Milão e tem a ver com Berlusconi", disse a repórteres, depois do veredicto.

"Mas estou preocupado e chocado, porque estou bem convencido que as acusações contra Berlusconi eram fracas e contraditórias, e até mesmo completamente falhas."

O irmão de Berlusconi, Paolo, editor do jornal da família Il Giornale, foi condenado a dois anos e três meses de prisão pelo mesmo caso. A corte também concedeu 80.000 euros pelos danos causados a Piero Fassino, líder do principal partido de centro-esquerda na época do incidente e cujos comentários foram pegos pelo grampo e publicados pelo jornal.

Na noite de quarta-feira, a mais alta corte de apelações da Itália manteve a decisão de um tribunal que inocentou Silvio Berlusconi da acusação de fraude fiscal envolvendo sua empresa de direitos de transmissão Mediatrade, no primeiro de uma série de veredictos ao antigo primeiro-ministro esperados para este mês.

A decisão livrou Berlusconi das acusações de que Mediatrade, a unidade de direitos de transmissão de seu grupo Mediaset, teria adquirido direitos de cinema e televisão a preços superfaturados para sonegar 10 milhões de euros (13 milhões de dólares) em impostos em 2004.

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