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Chanceler da Itália debate migração com governo da Líbia

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, conversou com sua homóloga líbia, Najla Elmangoush, para debater questões relacionadas à migração e ao tráfico de pessoas.

“A Líbia é um país amigo da Itália. Reforçar a cooperação em todos os campos. Empenho para a estabilização do país. Trabalhamos juntos para o combate ao tráfico de seres humanos”, informou a Farnesina sobre a conversa em uma mensagem nas redes sociais.

A conversa entre os dois ministros ocorre em um momento em que a questão da migração volta a ganhar os holofotes na Itália após o governo italiano demorar a autorizar o desembarque de centenas de pessoas em seus portos – e de negar que homens estrangeiros entrassem no país.

Comandado pela extrema-direita, o governo italiano tem como meta uma “linha dura” contra a chegada de pessoas resgatadas no Mar Mediterrâneo – mesmo que as normas internacionais de navegação exigem que esses migrantes sejam levados ao porto mais próximo da área de resgate.

Para o Executivo de Giorgia Meloni, que ainda tem o ministro Matteo Salvini, hoje na pasta da Infraestrutura, que comanda os portos do país, essas pessoas deveriam ir para os países de origem dos barcos – no caso, Alemanha e Noruega.

Já a Líbia, uma ex-colônia italiana, é o principal porto de partida de centenas de pessoas de vários países africanos por conta da sua proximidade territorial com a Itália, mais especificamente, com a ilha de Lampedusa.

Segundo os últimos dados atualizados pelo Ministério do Interior, em 4 de novembro, o país europeu já recebeu 87.370 migrantes estrangeiros em 2022 via Mediterrâneo. As nacionalidades dos estrangeiros são, em sua maioria, do Egito (17.688), da Tunísia (16.873) e de Bangladesh (12.262).

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