
Em resposta aos últimos naufrágios de um navio com centenas de imigrantes ilegais, a União Europeia anunciou um pacote de medidas para tentar diminuir a crise humanitária no Mediterrâneo.
Novos pedidos de socorro chegaram à Guarda Costeira italiana. 400 pessoas neste momento estão em perigo no Mar Mediterrâneo. E quantas outras ainda estarão? É a pergunta dos que protestam nas capitais europeias contra 1,8 mil mortes em menos de quatro meses.
E em menos de uma semana, duas tragédias assustaram o mundo: uma com 400 desaparecidos e a outra com prováveis 900 mortos. Uma terceira, na Grécia, com quase 100 náufragos. Três corpos foram resgatados.
Em Paris, o diretor-geral da Anistia Internacional, Stephan Oberreit, pediu a volta da operação de salvamento italiana Mare Nostrum, substituída no ano passado pela Operação Triton, da União Europeia.
A Triton patrulha a Costa Mediterrânea para controlar a entrada de imigrantes. A Mare Nostrum chegava até perto da Líbia para salvar as pessoas. Nos altos escalões, se correu para tentar reparar o fracasso de uma política europeia.
Os ministros do Interior do bloco reunidos em Luxemburgo anunciaram dez medidas, entre elas:
– mais dinheiro à Operação Triton;
– mandato militar para destruir barcos de traficante;
– registro das impressões digitais de todos os imigrantes ilegais que chegam à Europa;
– um programa de retorno rápido ao país de origem para imigrantes ilegais;
– maior investigação sobre o tráfico humano na Síria, onde se concentra a grande maioria dos que fogem de guerras e de outras formas de violência.
As medidas devem aumenta o controle dos migrantes, mas talvez não sejam suficientes para ajudar a salvar a vida dos que se arriscam na travessia do mar.