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União Europeia avalia aplicar mais sanções contra Rússia

A União Europeia está avaliando aplicar mais sanções contra a Rússia e um novo apoio militar à Ucrânia, informou a alta representante do bloco para a Política Externa, Kaja Kallas.

Em discurso na reunião por videoconferência com os ministros de Relações Exteriores da UE, a chefe da diplomacia afirmou que o bloco “trabalhará em um 19º pacote de sanções” contra Moscou.

Além disso, Kallas explicou ainda que a UE estuda mais suporte às necessidades do orçamento da Ucrânia e ao processo de ingresso do país ao bloco.

“Continuaremos a apoiar as necessidades orçamentárias da Ucrânia e suas negociações de adesão à União Europeia: ambas são essenciais para o futuro de Kiev após o fim da guerra e para um continente europeu estável”, declarou.

Kallas enfatizou ainda que “é crucial manter a unidade da UE e a transatlântica” e, por isso, apoia “totalmente o fim desta guerra de forma a não deixar nenhuma porta aberta para a Rússia retornar e retomar a agressão”.

Segundo a alta representante, “o direito da Ucrânia de existir como nação soberana está sob ataque, assim como a segurança do nosso continente europeu”.

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, também concordou que “a segurança da Europa está em risco” e defendeu que a UE participe das negociações entre a Rússia e a Ucrânia.

A declaração foi dada antes do encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, marcado para o próximo dia 15 de agosto, no Alasca.

Para Tajani, a “unidade europeia” é “essencial”, assim como “manter uma forte coordenação com nossos aliados americanos”.

“Apoiamos os esforços do presidente Trump e vemos algum progresso. Esperamos que um acordo seja alcançado o mais rápido possível, mas sabemos que não será fácil”, afirmou.

Por fim, o chanceler italiano explicou que “algumas exigências de Moscou parecem inaceitáveis, como a imposição do idioma russo em territórios ocupados ou reivindicações territoriais”, ou o pedido de “desmilitarização” da Ucrânia.

Desta forma, reiterou que “paz sem justiça não é paz” e “qualquer solução diplomática deve proteger a soberania da Ucrânia, sua integridade territorial e sua liberdade de escolher seu próprio futuro, incluindo seu caminho em direção à UE”.

“Kiev precisa de garantias de segurança confiáveis”, portanto, “um tratado que regule todas as questões e impeça a possibilidade de novas agressões” é necessário, concluiu.

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